Você Confia em uma Loja de "importados"?

Lendo esse título você pode pensar que eu fiquei maluco, mas segue as linhas que você vai entender.
Começarei com uma pequena história:
Há uns dias, minha esposa e eu estávamos conversando sobre os vídeos de blogueiros de maquiagem e life style que ela gosta de assistir (sim, sou esse tipo de marido, heheheheh...). Um desses blogueiros, um bem famoso por sinal, estava comentando a respeito do valor de uma bolsa Louis Vuitton e que ele é doido para ter uma bolsa dessas, mas não sabe se pagaria o valor que ela tem. Caso você more em Marte e não saiba, uma bolsa dessa marca, dependendo do modelo pode bem custar mais de R$ 5.000,00. O blogueiro (milionário, portanto, imagino que financeiramente, o valor da bolsa não seria um problema para ele) estava comentando justamente sobre o porquê de comprar uma bolsa dessas, ao invés de comprar uma similar em alguma das famosas feiras de “produtos importados" tão comuns em grandes cidades. Aquelas dominadas por produtos chineses de qualidade duvidosa, nas quais existem cópias mais baratas de vários produtos caros; de bolsas e camisas a eletrônicos que tem alto valor em uma loja oficial.
Enfim, conversa vai, conversa vêm, ela me disse: “eu concordo com ele. Quem pagaria cinco mil reais em uma bolsa dessas?”, e eu, rapidamente, respondi: “quem quer o que a bolsa traz: status, beleza e o que mais valores vierem com aquele produto.”
Pense por um segundo e analise se concorda comigo.
O valor da bolsa é proporcional ao valor que a marca dela tem. Afinal de contas, pode-se comprar uma bolsa similar na aparência, de uma “marca” diferente (muitas vezes fazendo alusão a marca original), mas com defeitos ou acabamento ruim, por 10% do preço da loja oficial em uma dessas feiras de “importados". Há uma chance de a bolsa ser fabricada no mesmo lugar (vindo da China, o que se espera?) e vendida a preços muito distantes para o consumidor final simplesmente porque está sendo comercializada em lojas diferentes. No entanto não se tem o que a grande maioria das pessoas quer: a experiência, segurança, qualidade superior, atendimento e confiança de estar em uma loja oficial. Ao mesmo tempo, quando conhecemos alguém que tem um produto desses, mas sabe-se que é dessas feiras de “importados” o status e brilho de se ter um produto assim se perde um pouco, não é mesmo?
O mesmo acontece em várias indústrias. Até mesmo naquelas que você menos espera, tipo alimentação. Exemplo? Comida japonesa. Eu gosto! Uma comida japonesa comprada em supermercado – geralmente – é mais barata que a comprada em um restaurante especializado. Por quê? Os produtos são mais baratos no supermercado? Sim! E ambos alimentam! Mas comida japonesa feita na hora, fresquinha, com ingredientes de qualidade superior, feita por um sushiman mais experiente e especializado é bem mais gostosa... E com valor bem mais alto! E paga-se por essa experiência.
Essa mesma linha de pensamento pode ser usada para vários outros itens do dia-a-dia, tipo: telefones celulares, roupas, eletroeletrônicos. Todas essas indústrias trabalham com uma perspectiva de valor da marca em cada produto que corresponde ao valor que aquela marca carrega em cada meio (físico ou digital) em que é mostrada. Sendo assim, o produto é atrelado a marca e não ao contrário, como a maioria das pessoas acredita. Sim! Porque o senso comum é que o produto atrela valor a marca.
Tendo uma outra perspectiva, mas mantendo o tema, vamos mais fundo a respeito e uso uma empresa clássica para exemplo: se a Apple começar a vender café, por um preço bem acima das outras marcas de café, você compraria?
Se sim, por quê? Se não, por que também?
Eu gosto de tomar café de manhã. Não sou daqueles que bebem café o dia inteiro. No entanto, eu acho que consigo reconhecer quando um café é bom ou não. Mas estou longe, muito longe, de ser um barista, ok? Continuando... Se você compraria o café por ser da Apple, e você achou o café ruim, você continuaria comprando? Lendo essas linhas e pensando a respeito, racionalmente, você pode responder que não, porque o produto é ruim. No entanto, não é assim que a maioria da população pensa.
Ter um produto da Apple significa ter um status de dono de um produto da Apple, principalmente o status financeiro de ser um dono de um desses produtos. Se o café da Apple fosse ruim, muito provavelmente as pessoas continuariam comprando simplesmente por ser da Apple, se adaptariam a ele e não diriam que é ruim, mas sim... requintado, talvez? Poderia se passar ao ridículo de dizer que o café não é ruim, mas quem fala que o café é ruim é invejoso de quem compra... Enfim! A loucura não tem limites, hehehehehe...
Uma situação real mais ou menos assim ocorreu no lançamento, se não me engano, do iPhone X. A Apple retirou a entrada de fones de ouvido do aparelho e fez muita gente migrar para os famosos AirPods. Lembro que muitos analistas de tecnologia disseram que era um tiro no pé da empresa e que seria um erro manterem essa decisão, porque os usuários estavam acostumados com o fato da tal da entrada de fones estar no produto, portanto é um elemento conhecido de uso habitual. Comentários do tipo: as vendas não seriam tão grandes porque era uma mudança muito significativa para os usuários. Inclusive muitos reviews do aparelho destacaram como um forte ponto negativo porque não se podia ouvir música e carregar o celular ao mesmo tempo – devido a entrada de carregamento e entrada do fone de ouvido, com um adaptador oficial – serem as mesmas e por aí vai.
No entanto, as vendas foram consideradas muito boas para uma novidade tão grande. Os usuários, na verdade, não só compraram o aparelho como também gastaram um valor a mais com os tais AirPods. A tal entrada de fones foi ignorada e muita gente ficou exibindo seus ouvidos por aí com os fones brancos da Apple. Tudo oficial, claro! Quanto ao que os usuários acharam dessa mudança, claro que devem ter achado sensacional, mesmo que a mudança tenha sido ruim. Pelo menos não me lembro de alguém reclamando, mas sim se adaptando a nova realidade. A opinião não importa desde que se tenha o status de ter um fone branco sem fio na orelha e possa exibi-lo para os outros. E veja bem, não estou emitindo minha opinião aqui, mas sim mostrando o poder da marca em relação a seus produtos. E esse exemplo é ou não é significativo de que o poder da marca é maior do que o produto?
Aí você me pergunta: “Sam, o que tem a ver comigo ou com a minha empresa? Não chego nem perto da Apple”. Bom, primeiro, se você pensa assim, repense seu posicionamento como empreendedor. E segundo, vou além: mesmo você não sendo, o poder de uma marca própria, exclusiva e que reflete os valores de uma empresa estão comprovados. No artigo anterior eu expliquei que grandes empresários e empreendedores entendem o poder de uma identidade visual bem construída e que se deve investir nisso o mais rápido e melhor possível. Uma Marca é o resultado desse investimento estratégico. Para empreendedores faz-se necessário uma marca significativa, exclusiva e inteligente o quanto antes, de preferência, para ajudar nas tomadas de decisão no início da empresa. É um investimento, mais do que uma despesa. É um ATIVO mais do que um passivo. Para ter este ativo, é preciso um profissional que o ajude a montar um projeto adequado para o seu negócio, e investir em seu serviço para produção da identidade visual.
Voltando ao exemplo inicial, pense que uma gráfica seria a loja de “importados” e um designer de marcas a loja oficial. O investimento neste último será maior, mas a satisfação e segurança serão proporcionais ao investimento. Sem falar na exclusividade! O designer é o profissional mais bem preparado para entregar esse serviço. Não estou dizendo que os profissionais que trabalham em gráfica são ruins... nada disso! Digo apenas que eles não são os melhores para montar uma identidade visual que realmente fará diferença para sua empresa e a imagem dela perante seus clientes. Você pode dar a sorte de achar um profissional bom ali, mas você, enquanto empreendedor consciente, contará realmente com a sorte para ter alguém trabalhando em um dos seus ativos mais valiosos?
E, para terminar, deixo uma última pergunta: você realmente confia nos produtos de uma loja de “importados”?
Forte abraço!
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